Shelf Life: Estudo de viabilidade

O estudo de viabilidade de extensão de shelf life é um processo realizado pelas áreas técnicas das indústrias de alimentos no desenvolvimento dos produtos, que tem como objetivo entender o comportamento dos produtos e busca prolongar a duração do produto, mantendo sua qualidade, características físico-químicas, sensoriais, manutenção dos nutrientes e garantia da segurança alimentar durante o armazenamento e distribuição.

Isso é importante para garantir que os alimentos cheguem aos consumidores em boas condições e com segurança, além de evitar o desperdício de alimentos.

Existem diferentes técnicas e tecnologias para se prolongar a vida útil dos alimentos, incluindo essas 10 técnicas utilizadas na indústria de alimentos para essa finalidade:

1. Desidratação: a remoção de água dos alimentos pode ajudar a prolongar a vida útil, pois a umidade é um fator importante na consideração dos alimentos;
2. Fermentação: fermentação é um processo natural que pode ajudar a preservar os alimentos, além de melhorar seu sabor e valor nutricional. Alguns exemplos incluem iogurtes, queijos, pães e bebidas alcoólicas;
3. Irradiação: a irradiação de alimentos é um processo em que os alimentos são expostos a radiação ionizante para matar microrganismos e prolongar a vida útil;
4. Congelamento: o congelamento é uma técnica comum para prolongar a vida útil de alimentos perecíveis, como carnes, aves, peixes e produtos lácteos;
5. Embalagem: a embalagem pode ajudar a prolongar a vida útil dos alimentos, removendo o ar e garantindo a qualidade e segurança do alimento;
6. Tratamentos enzimáticos: alguns alimentos, como frutas e vegetais, podem ser tratados com enzimas para reduzir a atividade microbiana e prolongar a vida útil;
7. Aditivos naturais: existem alguns aditivos naturais que podem ser usados ​​para prolongar a vida útil dos alimentos, como o vinagre, o limão e o ácido ascórbico;
8. Embalagens ativas: as embalagens ativas são aquelas que possuem substâncias adicionadas para ajudar a preservar os alimentos;
9. Desenvolvimento de cepas probióticas: algumas bactérias probióticas podem ser adicionadas aos alimentos para prolongar a vida útil, além de oferecer benefícios à saúde do consumidor;
10. Processos de alta pressão: a aplicação de alta pressão em alimentos pode ajudar a matar microrganismos e prolongar a vida útil sem o uso de conservantes químicos.

As condições climáticas e a alta umidade relativa do ar em algumas regiões podem dificultar a conservação dos alimentos por períodos mais longos. Outro fator importante é a cultura alimentar do país, que muitas vezes valoriza alimentos frescos e naturais em detrimento de produtos industrializados ou com longa vida útil. Outro fator que pode gerar objeções ao aumento da vida útil dos alimentos no Brasil é a preocupação com aditivos químicos e outros ingredientes artificiais que podem ser usados ​​para conservar os alimentos por mais tempo. Muitos consumidores têm buscado cada vez mais alimentos naturais e orgânicos, e podem rejeitar produtos com ingredientes prejudiciais à saúde. Além disso, a preocupação com o meio ambiente e a sustentabilidade pode ser um fator limitante para o aumento da vida útil, já que o uso de embalagens e outros materiais para conservação dos alimentos pode gerar resíduos e efeitos ambientais negativos. No entanto, é importante destacar que existem técnicas e tecnologias para aumentar a vida útil dos alimentos de forma segura e sustentável, utilizando métodos naturais como a desidratação, fermentação e pasteurização. As principais objeções no Brasil em se aumentar o shelf life de um alimento são:

1. Regulamentação: a legislação brasileira tem requisitos rigorosos para a ingestão de alimentos e pode ser difícil atender a esses requisitos ao tentar aumentar a vida útil dos alimentos.
2. Custos: algumas técnicas utilizadas para aumentar a vida útil dos alimentos podem ser mais caras do que os métodos tradicionais, o que pode afetar o preço final do produto.
3. Percepção do consumidor: muitos consumidores ainda se preocupam com a segurança e a qualidade dos alimentos processados, o que pode afetar a recepção de produtos com vida útil puxada.
4. Resistência a mudanças: a indústria alimentícia no Brasil pode ser resistente às mudanças, especialmente se as novas técnicas exigirem investimentos em equipamentos ou mudanças significativas nos de produção.
5. Complexidade do processo: algumas técnicas de aumento de vida útil de alimentos podem ser complexas e exigidas uma compreensão aprofundada dos processos bioquímicos envolvidos.

Existem vários contextos específicos em que a vida útil (vida útil) dos alimentos é importante. Alguns dos mais relevantes são:

1. Produtos perecíveis: a vida útil dos alimentos é especialmente crítica para produtos perecíveis, como carnes, laticínios, frutas e verduras, que são altamente experimentados à teoria microbiológica;
2. Transporte e armazenamento: alimentos que precisam ser transportados ou armazenados por períodos de tempo prolongados;
3. Exportação: produtos alimentícios destinados à exportação precisam ter uma vida útil mais longa para que garantam segurança e qualidade até chegarem ao destino final;
4. Comida pronta: refeições prontas, como as congeladas, têm uma vida útil limitada e precisam manter sua segurança e qualidade por um período mais longo;
5. Alimentos funcionais: alimentos funcionais, como os probióticos, requerem vida útil prolongada para garantir a sobrevivência dos micro-organismos necessários durante o armazenamento e o transporte;
6. Alimentos dietéticos especiais: alimentos dietéticos especiais, como alimentos para bebês e alimentos para dietas especiais, alimentados;
7. Produtos sazonais: produtos alimentícios sazonais, como frutas e verduras frescas, precisam ter vida útil prolongada para garantir que possam ser armazenados e disponibilizados para o consumo fora da estação de crescimento.

Esses são apenas alguns dos contextos específicos em que a vida útil dos alimentos é importante. Cada um tem suas próprias necessidades e desafios em relação à extensão de sua validade.

 Aumentar a vida útil dos alimentos pode trazer muitos benefícios tanto para os consumidores quanto para os fabricantes. A extensão da vida útil pode reduzir o desperdício de alimentos, melhorar a segurança alimentar, aumentar a disponibilidade e variedade de alimentos, além de melhorar a eficiência da produção e aumentar a lucratividade das empresas. No entanto, para que isso seja possível, é preciso que haja um investimento em tecnologias de processamento de alimentos, armazenamento e embalagem adequada, além de um rigoroso controle de qualidade para garantir que os alimentos mantenham sua segurança e qualidade ao longo do tempo.

É importante lembrar que a extensão da vida útil dos alimentos deve ser feita de forma cautelosa e considerando sempre a segurança alimentar. Além disso, as técnicas e tecnologias utilizadas para aumentar a vida útil devem ser aprovadas pelos órgãos reguladores competentes, garantindo que os alimentos sejam seguros e próprios para o consumo humano. Em resumo, aumentar o prazo de validade dos alimentos pode ser uma estratégia importante para garantir a segurança alimentar, reduzir o desperdício de alimentos e ampliar a disponibilidade e variedade de alimentos para os consumidores, desde que seja feito de forma responsável e cuidadosa.

A Anvisa disponibiliza um Guia para Determinação de Prazos de Validade de Alimentos, vigente desde 30/10/2018 que traz as orientações sobre os aspectos que devem ser considerados para a determinação dos prazos de validades de alimentos e serve como referência à aplicação dos requisitos previstos em legislação, no âmbito da competência da vigilância sanitária.

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